domingo, 25 de dezembro de 2011

VERDADE

Nem eu, e nem nenhum de meus companheiros, é filho de político, dono de boate, tem empresa para fazer caixa de campanha, ganhou algum concurso de beleza ou já pagou cachaçada pedindo voto. Mas eu, e todos eles, trabalhamos. Trabalhamos por que acreditamos que a esperança na política não é algo mensurado pela idade ou por um surto repentino de alguém com interesses próprios. Mas sim pela proposta. ...Proposta que não seja apenas verbal ou que fique na promessa, mas proposta que se consolide em ações voltadas para o objetivo de não fazer igual a todos e acabar como mais um no jogo da política. Não ser mais um que teve a cara de pau de se candidatar a algo que não está preparado e muito menos preocupado. Não ser mais um que convidou amigos, vizinhos e conhecidos para defender um nome que se tornou apenas mais um na corja de políticos. Não ser mais um naquela velha frase na boca do povo: "Político é tudo bandido!". Não ser mais um que cresceu o olho e esqueceu dos brasileitos famintos, da mães desesperadas e das balas perdidas. Não quero ser mais um pois não quero ter a vergonha de quando mais velho não servir de exemplo para meu filhos e netos. Não quero olhar para Sarney, Bush, Collor, Arruda e companhia de igual para igual. Não quero que eu e meus companheiros, responsáveis por mais de 90 ações envolvendo a juventude e os cidadãos petropolitanos, em menos de 3 anos, esqueçamos o que nos motiva. Não quero que a Juventude Petropolitana volte aos tempos em que era lembrada apenas com as notícias de morte, assaltos ou posse de drogas, pois prefiro os dias de hoje onde o termo "JOVEM" foi utilizado mais de 160 vezes nos jornais, rádios e tv's entre notícias de feitos da Juventude do PT, da Coordenadoria de Juventude e do Conselho Municipal de Juventude. Não quero mesmo, e por isso quando vejo um alguém, querendo ser algo mais, fazendo algo de menos com um cargo público, não desanimo e nem desisto. Por mais que nossos oponentes sejam filhos de políticos, donos de boates, tenham empresas para fazer caixa de campanha, sejam bonitos o suficiente para vencer concursos de beleza e paguem cachaçada para metade da população, nós já provamos que as coisas podem ser diferentes.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

NÓS DEVEMOS HONRAR KHALED SAID

"No dia 6 de Junho de 2010, Khaled Said, estava em um cibercafé em Alexandria , Egito, quando dois policiais, vestindo à civil, o levaram para uma das esquadras da cidade. Não o fizeram de forma pacífica, bem pelo contrário. Esmurraram-no, pontapearam-no, bateram-lhe com a cabeça contra a parede. Khaled tinha 28 anos e faleceu em consequência dos maus tratos dados às mãos dos policiais."

"A polícia afirmou que ele tinha resistido à ordem de prisão, "por isso usaram um pouco da força", e que a sua morte não teve relação com qualquer tipo de tortura, mas que Said, segundo eles, "procurado por roubo e posse de armas", apenas morrera "sufocado" ao tentar engolir um "pacote de haxixe", declarações corroboradas por dois médicos legistas. Mas a razão da atitude da polícia era outra: Said teria em seu poder vídeos que implicavam polícias no tráfico de droga."

Khaled Said - com o direito de ser filho, cidadão e ser humano
Khaled Said - sem direito algum (imagem forte)

Não restam dúvidas que a Juventude, quase sempre vista como um problema social a ser resolvido de maneira repressiva, sempre como culpada e nunca como resultado do descaso, tem sofrido com a impunidade no mundo todo. Khaled Said é mais um exemplo de que somente com conscientização, união e luta (cada um da sua maneira) não seremos mais obrigados a ver histórias como estas.